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Portugueses Repatriados do Líbano Aterraram em Figo Maduro, Lisboa

Política Nacional Transportes

Um grupo de 41 pessoas, incluindo 16 cidadãos portugueses e os seus familiares, aterraram esta quinta-feira na base aérea de Figo Maduro, em Lisboa, após serem repatriados do Líbano. A operação, organizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e apoiada pela Força Aérea Portuguesa, visa evacuar os portugueses e cidadãos de outras nacionalidades que solicitaram ajuda para abandonar o país devido à escalada do conflito entre Israel e o Hezbollah. Entre os passageiros, encontram-se oito crianças, que também fazem parte do grupo de pessoas evacuadas.

A aeronave C130 da Força Aérea, que transportou os repatriados, foi recebida por Paulo Rangel, eurodeputado, e José Cesário, deputado, ambos presentes para dar apoio e acompanhar a chegada dos portugueses ao país. “É um momento muito difícil para estes passageiros. Estamos na segunda fase de uma operação que, no total, envolverá 85 pessoas”, comentou Paulo Rangel em declarações aos jornalistas presentes.

Segunda Fase da Operação de Repatriamento
A operação de repatriamento, desencadeada após o agravamento do conflito na fronteira libanesa, está a ser coordenada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. O grupo que chegou hoje a Lisboa faz parte de um total de 85 pessoas que solicitaram assistência para sair do Líbano, incluindo cidadãos de várias nacionalidades. Entre os passageiros vindos nesta operação estão, além dos 16 portugueses, oito libaneses, cinco espanhóis, oito são-tomenses, um brasileiro, um angolano, um russo e um francês. Esta diversidade reflete a situação complexa e urgente que o Líbano enfrenta, com o agravamento da crise humanitária e da insegurança no país.

Na semana passada, já havia chegado a Portugal um outro grupo de 28 portugueses residentes no Líbano, acompanhados de 16 familiares de outras nacionalidades. Este grupo foi transportado por um avião KC-390 da Força Aérea Portuguesa, no âmbito da mesma operação.

Conflito no Líbano: Crescimento das Tensões
O Líbano tem sido palco de intensos confrontos entre Israel e o grupo xiita Hezbollah, aliado do Irão. Desde o início do conflito, há quase um ano, a situação na fronteira sul do Líbano tem-se deteriorado gravemente. A violência intensificou-se nos últimos dias, após uma semana de intensos bombardeamentos israelitas contra o sul e o leste do Líbano.

Na segunda-feira, Israel anunciou o envio de tropas para o sul do Líbano com o objetivo de desmantelar as infraestruturas do Hezbollah. O movimento xiita, com forte influência na região, tem sido alvo de ataques israelitas, que acusam o grupo de fomentar a instabilidade e de realizar operações militares contra as forças israelitas. A situação tornou-se ainda mais grave após o exército israelita confirmar, na quarta-feira à noite, a morte de oito soldados em confrontos com o Hezbollah no sul do Líbano.

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Além das operações terrestres, Israel também lançou ataques aéreos contra a capital libanesa, Beirute, com especial incidência nos subúrbios do sul da cidade, um reduto tradicional do Hezbollah. Durante esses ataques, vários altos dirigentes do movimento foram mortos, incluindo o secretário-geral da organização, Hassan Nasrallah, de acordo com informações do exército israelita. Esta ação representa um duro golpe para a liderança do Hezbollah e poderá ter repercussões significativas na região.

Crise Humanitária no Líbano
Os bombardeamentos e confrontos já causaram um número elevado de vítimas e deslocados. Segundo as autoridades libanesas, os intensos ataques israelitas provocaram a morte de quase duas mil pessoas e forçaram cerca de um milhão de civis a abandonar as suas casas, gerando uma crise humanitária de grandes proporções. A situação no terreno é crítica, com as populações das regiões mais afetadas a enfrentarem sérias dificuldades de acesso a alimentos, água e abrigo.

O repatriamento de cidadãos estrangeiros, como os portugueses e os seus familiares, insere-se no esforço internacional para proteger os seus cidadãos da escalada da violência no Líbano. Vários países, incluindo Espanha e França, já ativaram mecanismos de repatriamento, dada a gravidade da situação no país.

Operação Continua
As autoridades portuguesas confirmaram que a operação de repatriamento continuará nos próximos dias, com o objetivo de retirar todos os cidadãos portugueses e os seus familiares que solicitaram ajuda para sair do Líbano. Estima-se que cerca de 85 pessoas estejam envolvidas nesta operação, que está a ser realizada em várias fases, dependendo da capacidade dos meios de transporte disponíveis e das condições de segurança no terreno.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros tem acompanhado de perto a situação e garantiu que todos os esforços estão a ser feitos para garantir a segurança dos cidadãos portugueses no Líbano. A colaboração entre as autoridades portuguesas e a Força Aérea tem sido crucial para a execução destas operações.